sexta-feira, 7 de agosto de 2009

“Fazendo mais com menos” ou como tornar viável o que parece impossível

Quando foi contratado para trabalhar na Secretaria de Educação (SE), em setembro de 2008, Maicon Lovato recebeu a seguinte incumbência da titular da Pasta, Mariza Abreu: levar à frente, na área de informática da secretaria, o plano de ação do executivo estadual “Fazendo Mais com Menos”. Esta iniciativa do Governo do Estado visa desenvolver ao máximo a finalidade de cada órgão público com o mínimo de despesa possível e cujo resultado final incidirá diretamente na reorganização econômica e social do RS. E ele aceitou o desafio oficial. Na área da informática, em menos de um ano de trabalho, a Secretaria assinou contrato para utilizar os sistemas Windows e Office da Microsoft, com planos de atualização, no valor aproximado de R$ 600 mil. Detalhe: o valor estimado de mercado era R$ 12 milhões. Uma economia real de R$ 11,4 milhões. Lovato salienta também a importância da extensão do contrato firmado. “Vamos estender o uso de e-mail, a custo zero, para 1,25 milhão de alunos e 80 mil docentes, juntamente com os demais servidores da Secretaria. Além disso, já reequipamos todas as coordenadorias e mantivemos, ainda, o sistema Linux”, esclarece. Um dos grandes desafios da SE é a reestruturação administrativa e de processos de trabalho, que partiu de um diagnóstico realizado com a consultoria do Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial (INDG) – dentro do plano “Fazendo Mais com Menos”. Nesse diagnóstico foi observada a inversão de funções, tanto na administração central, quanto nas Coordenadorias Regionais de Educação (CRE’s). Enquanto 70% dos servidores estão voltados para uma atividade meio, apenas 30% estão dedicados à área pedagógica. O objetivo na área administrativa é inverter este quadro para concentrar esforços nas atividades pedagógicas, pois a Secretaria da Educação tem como meta central garantir educação de qualidade para todas as crianças e jovens gaúchos. Educação de qualidade significa garantia de permanência na escola e efetiva aprendizagem. Com esta finalidade foi criado o programa Estruturante “Boa Escola para Todos”. Conforme reconhece Maicon Lovato, o grande mérito deste contrato está na essência da proposta de governo “Fazendo Mais com Menos”. De acordo com ele, “além do preço, este acordo permitirá montar um tripé baseado em três benefícios: a instalação de software, a utilização de e-mail e, principalmente, a formação de alunos”.
Aluno Monitor: Na formação de alunos, a proposta superou a expectativa. Segundo Lovato, foram disponibilizadas cinco mil vagas, acreditando-se que esse número não ultrapassaria a 2,5 mil alunos. “O número de interessados foi tão grande que estamos estudando um meio de aumentar o número de vagas” - acrescentou. Para este curso, a Microsoft treinou 75 servidores da Secretaria da Educação, com o objetivo de serem multiplicadores junto aos alunos da rede estadual, tendo como principal foco o estudante do ensino médio, para inclusão em um processo de formação tecnológica avançada. Ele acredita que este curso, com entrega de diploma da Microsoft, servirá também como preparação para o mercado de trabalho, “pois o aluno aprenderá também a montar e desmontar um computador” - assegura. Lovato afirma ainda que “esta atividade é uma ferramenta que desperta no jovem não apenas o manuseio, mas, também, a ambientação com a tecnologia avançada”. É o Estado fazendo sua parte, no processo de inclusão digital.

Fonte: Jornalista Gilberto G. Maboni – Celic/15.07.09